Já passou meio ano...o tempo correu depressa. Provavelmente para aliviar a dor da tua partida, mas ainda bem que deixou as tuas memórias.
Senti que era altura de fazer uma "ode" à minha avó, a mulher que me criou e me ajudou a ser o que sou hoje: um espetáculo de mulher 😆.
Para a estrelinha mais brilhante do céu, esta é para ti Luizete de Jesus 😊.
Sinto falta:
- do teu sorriso maroto, quando se falava de assuntos que puxavam para a braguilha;
- da tua autoridade, quando bastava abrires os olhos ou ameaçar com o chinelo (a Super Nany em ação LOL);
- de seres a matriarca, que impunha ordem à mesa de refeição e mandava calar miúdos e graúdos (pois à mesa não se canta);
- do cheiro a café acabado de fazer (café solúvel) logo pela manhã;
- das papas de farinha maizena, que fazias para o lanche, nos dias frios;
- das "sopas de pão";
- do teu arroz doce, especialidade que não faltava no Natal (mesmo que fosse super doce por causa do guloso do avô 😄) e de me deixares decorar com canela;
- do arroz de pato (prato do dia 25 de dezembro);
- do "cafuné" que me fazias;
- dos pastéis de bacalhau, que moldavas com duas colheres;
- do "pastel", iguaria que fazias com sobras de carne (que picavas) e ovo (uma espécie de omelete);
- dos ovos mexidos com batata cozida e salsichas (o "comer de p*#a" como lhe chamavas);
- do leitinho morno que me levavas ao quarto (na altura da faculdade foi muito apreciado para aguentar noites de trabalho e estudo 😁);
- da botija de água quente que fazias para aquecer a cama;
- do Vick que colocavas no meu peito quando estava com tosse (ficava com um odor a mentol LOL);
- dos vapores com folhas de eucalipto que apanhavas no pinhal (para as gripes era bom e para abrir os poros também 😋);
- da tua arte na costura, essas mãos fizeram muitas obras-primas;
- de estares sempre do contra e desconfiada em relação às novidades do futuro;
- de resmungares com o avô, mesmo que depois cedesses sempre;
- do teu gosto por telenovelas e filmes indianos 😵;
- de não gostares de ver cenas de violência nos filmes (com sangue e ossos de fora), havia sempre o comentário "Ai, credo!";
- de cuidares da Sofia e ela chamar-te avó velhinha (às vezes ainda chama). Obrigada pela ajuda, foi preciosa 💗.
Sinto falta disto e de coisas que não me lembro, que esqueci ou estão bem guardadas porque são as mais especiais.
Continua a brilhar...🌟
Kiss and hug,
Carmo
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